01 de maio de 2022
Criamos este post para concentrar informações sobre esta viagem. Como muitas dúvidas são comuns entre os interessados e inscritos, listaremos abaixo as principais informações práticas e mesmo sugestões gerais.
Onde a expedição se iniciará, quando e como chegar lá?
Recepcionaremos os participantes na cidade El Calafate, Argentina. Há diversos voos diários para lá. O trecho aéreo não está incluído no pacote, pois cada participante partirá da cidade mais conveniente.
Nosso primeiro dia será livre, para que cada um possa descansar da viagem internacional. O check-in no hotel, oficialmente se dará a partir das 14h. Caso alguém chegue mais cedo, poderá ser necessário aguardar até este horário para acomodação. Para os participantes que chegarem na cidade nesta data, forneceremos transfer aeroporto-hotel, sem custo adicional.
O retorno será no dia 30-4-2022, saindo também de El Calafate.
Como é o clima da região ?
A Patagônia é famosa pelo clima imprevisível, com alterações bruscas em intervalos mínimos de tempo. Um mesmo dia pode experimentar as 4 estações do ano. Ventos bastante fortes são frequentes, apesar que no outono, costumeiramente venta menos que no verão. As temperaturas médias em abril oscilam entre 4º e 14º C, podendo ir, em valores absolutos, de -4º a 20ºC. Resumindo: faz frio sim !!!
Dias nublados são relativamente comuns, em qualquer época do ano. Chuvas também podem acontecer a qualquer momento. Há possibilidades de precipitação de neve, especialmente nos cumes do maciço rochoso. Isso pode deixar a paisagem ainda mais bonita! A verdade é que a região é tão cênica que mesmo sob um dia nublado conseguiremos belas fotos.
Porque a escolha desta data para a expedição?
Imagino que muitos de vocês já saibam o principal motivo: as cores do outono! Como o clima da região é temperado, no mês de março a vegetação começa a mudar suas cores, indo do verde para o amarelo e vermelho, criando o espetáculo que todo fotógrafo de paisagens sonha em fotografar. Decidimos realizar esta viagem entre os meses de março e abril, porque o clima costumeiramente se torna mais instável a partir da segunda semana se abril. Outro motivo para fotografarmos o outono da Patagônia é que a luz é bastante suave nesta época. Mesmo sob um horário de meio-dia, a luz lá ainda é interessante. No verão os dias são tão longos que fotografar nas horas mágicas da luz torna-se uma verdadeira maratona. São cerca de 5 horas de escuridão por dia. Imagine dormir depois de meia noite e acordar antes das 5h por dias seguidos?
Que roupas devo levar?
Mais do que recomendáveis, roupas técnicas são essenciais. O uso das três camadas é o ideal durante os amanheceres e noite. A primeira camada é também chamada de “segunda pele”, pois fica em contato direto com a sua pele e deve ser composta por tecido térmico com grande capacidade de drenar umidade da sua pele, isolando essa umidade do contato com o corpo.
A segunda camada será a responsável por manter você quente, isolando seu corpo da atmosfera e impedindo que ele perca calor. Os materiais dessas roupas de frio são compostos de fibras que prendem ar entre si, criando uma barreira que impeça o calor de sair e o frio de entrar. O tecido sintético chamado fleece é uma boa opção. Ou as blusas de plumas.
A terceira camada é a exterior, geralmente composta por um agasalho mais poderoso. A função dessa camada é proteger você da umidade externa – neve, chuva, garoa e afins – e do vento sem, ao mesmo tempo, impedir você de expulsar o suor expelido pelas duas camadas internas. Aqui, os materiais são impermeáveis, mas respiráveis, o que normalmente significa reunir uma trama firme com uma camada externa de isolante térmico.
No site da Decathlon é possível cotar tudo isto a bons preços. Sugiro não deixar para comprar na Patagônia, pois os preços lá costumam ser bem salgados.
Acessórios como gorro, luvas e meias técnicas também são muito bem vindos. Falando em acessórios, itens pessoais como lanterna, pilhas, bastão de caminhada (pode ser alugado lá), sandálias (para descansar os pés quando no camping), capa de chuva para mochila, sacos plásticos para armazenamento de roupas e lixo pessoal.
Como será o nível e duração das caminhadas?
Veja no mapa a seguir as trilhas que iremos percorrer, com seus períodos de duração, sem considerar paradas.
Dia 1: trilha C (10km) Desnível de +330m (ascendente) – Nível médio – Iremos acampar em um camping privativo antes do local conhecido como camping Poincenot.
Dia 2: Manhã: Trecho da trilha D (5km ida e volta) Desnível de +430m – nível muito difícil. Trilha antes do amanhecer do camping até a Laguna de Los Três e após fotografias, retorno ao camping. Trecho bastante íngreme em zigue-zague. Ao fim da manhã, trilha G (10km, nível médio), até camping próximo do Lago Toro, onde teremos vista para o homônimo cerro.
Dia 3: Após fotografias ao nascer do sol no Lago e Cerro Torre, voltaremos ao camping para café da manhã e a seguir, desceremos para a cidade. Trilha A – (12km/4h, nível fácil/médio).
OBS: Este quadro de trilhas em anexo considera os níveis de dificuldade parra quem já está habituado, ok? Por isto a maior parte das trilhas está como fácil ou muito fácil na legenda do mapa. Não são trilhas tão pesadas, mas requerem condicionamento bom físico. Notem que sobram várias horas por dia, pois vamos fotografar bastante por todo lugar. Estaremos o tempo todo próximos às montanhas, sempre em locais muito cênicos.
O que preciso carregar em minha mochila?
Todo o material de camping já estará na montanha, nas áreas da empresa credenciada pelo Parque Nacional a operar este serviço. Cabe a cada participante levar em sua mochila material fotográfico, roupas e itens pessoais de higiene. Avaliamos que uma mochila média, de 40 litros, comporta tudo. Vamos deixar guardados no locker de nosso hotel em El Chaltén as coisas que não serão necessárias nos dias na montanha. Assim, cada um só carregará o estritamente necessário.
Como é a estrutura de Camping no Parque Nacional Los Glaciares?
São campings privados operados por prestadores de serviços credenciados pelo Parque Nacional. Localizam-se em áreas amplas e bem planas, sob árvores que abrigam bastante do vento. As refeições são feitas em tendas chamadas de “Domos”, que abrigam facilmente nosso grupo inteiro. Antes do jantar, há petiscos, como frios e vinhos!
Vale também observar: Não há energia elétrica, sinal de celular ou internet. Por isto, é muito importante que todos tenham baterias extras para suas câmeras. Há banheiro seco, bastante limpo e confortável, mas sem ducha. Como faz bastante frio, isto geralmente não é problema. Lenços umedecidos fazem um ótimo trabalho! Quem está acostumado com montanha provavelmente sabe do que estamos falando. Abaixo algumas fotos dos campings, de nossa viagem por lá em 2017.
Um pouco sobre El Chaltén
Situada na província de Santa Cruz, El Chaltén é uma pequena e turística cidade ao sul da cordilheira dos Andes, na região sudoeste da Patagônia argentina. De localização mais que privilegiada, Chaltén, como é chamada pelos locais, está dentro do Parque Nacional Los Glaciares e aos pés de um colossal maciço rochoso, onde se destacam os picos Cerro Fitz Roy e Torre, seguramente duas das mais famosas montanhas do mundo.
Reconhecida como a capital nacional do trekking, Chaltén coleciona trilhas de todo tipo. Desde caminhadas curtas até roteiros de alguns dias.