10 de julho de 2018
Por: Tom Alves
Kia Ora, amigos!
Sempre um enorme prazer retornar a este país. Já é minha terceira vez na Terra da Grande Nuvem Branca, como a nomearam os Maoris, seus primeiros habitantes. Acho que nunca irei me cansar de visitar a Nova Zelândia. Além de ser um paraíso para qualquer fotógrafo de paisagens, a extrema organização, segurança e infraestrutura para o turismo de natureza enchem os olhos.
A Viagem
Finalmente conseguimos conciliar agendas e nossa expedição foi marcada para uma data muito especial para nós, fotógrafos: o outono. Muitas eram as expectativas por registrar as cores que só esta estação proporciona. Fomos em dois grupos, duas expedições seguidas. No primeiro, vimos a vegetação ganhando gradualmente os tons amarelos e vermelhos que tanto esperávamos. No segundo, vimos o apogeu destas cores e consequentemente, os chãos sendo forrados de folhas secas, nos mostrando que a natureza já se preparava para o frio intenso do inverno.
Por falar em clima, tivemos um pouco de tudo, nesta viagem. Neve, chuva, sol, dias calmos, outros de ventania, frio e até mesmo calor, em plena Ilha Sul da Nova Zelândia! Eu e a Nataja chegamos uma semana antes do primeiro grupo. Chegamos no país num “quase verão”. Dava para usar camiseta e short durante o dia. As temperaturas variavam de 15 a 20 graus, o que é considerado bem quente para lá, sobretudo no outono. Mas, não poderíamos esquecer que numa ilha isolada no meio do oceano, tudo pode mudar bruscamente. E foi isto o que ocorreu: dois dias antes do início da viagem do primeiro grupo, uma severa frente fria vinda da Antártida, subiu pelo Oceano Pacífico, trazendo ventania, chuva e a tão bem-vinda neve! Confesso que ficamos apreensivos, a princípio, sobre as condições das estradas, mas tudo correu muito bem. Saímos de Christchurch sob chuva, frio e vento forte, porém 50km adiante e a precipitação já era neve, que cobria totalmente a paisagem de branco. Foi uma grata surpresa, esta nevasca fora de época. Apesar das temperaturas bem amenas, variando próximas de 0 grau, era só alegria poder fotografar aquele espetáculo.
Nos dias seguintes, a frente fria foi dando espaço a dias que oscilavam entre sol, chuva e períodos de nebulosidade. O frio era menor e nossa expedição seguiu acompanhando o ritmo do outono, que a cada dia, deixava a vegetação mais bonita, tingindo de amarelo, laranja e vermelho espécies como os Álamos e carvalhos selvagens (poplars e maple trees).
Visitamos vários ícones da Ilha Sul do país, como o Parque Nacional Arthur’s Pass, a árvore solitária de Wanaka, o Lake Matheson e seus famosos reflexos, a cênica Costa Oeste, o Desfiladeiro de Rokitika, o Monte Cook, ponto culminante do país, além de Queenstown e seus arredores. Foram 12 inesquecíveis dias em cada um dos dois grupos que conduzimos pela Nova Zelândia. Saudades de cada segundo desta bela jornada.
Eu e Nataja deixamos aqui registrado muito obrigado pelas companhias agradáveis de todos. Sem dúvidas isto fez das duas expedições ainda mais prazerosas e memoráveis. Um abraço e nos vemos em novas Travessias!