28 de julho de 2020
Ao logo dessa série de Composição Fotográfica, revelamos as ferramentas essenciais e fatores envolvidos para se alcançar a força imagética tão desejada para sua foto.
Agora que você já sabe a importância de se pensar abstratamente dentro da seleção e arranjo dos elementos na composição fotográfica, vamos falar sobre a capacidade que certos elementos possuem em atrair nossa atenção, magnetizando nosso olhar, dentro de uma fotografia: a massa visual. Vamos lá?
Podemos fazer uma analogia com a força da gravidade. Um grande objeto, como uma estrela, possui muita massa, por isso, muita gravidade, o que lhe faz atrair tudo que está próximo, como outras estrelas, planetas e cometas. Assim como um objeto relativamente pequeno, que possui menos massa, possuirá menos atração gravitacional. De mesmo modo, na fotografia, elementos poderosos podem se destacar, capturando nossos olhos e prendendo nossa atenção. Dizemos que são elementos de grande massa visual. Vale lembrar que não é apenas o tamanho físico dos objetos que irá determinar sua massa visual. Assim como na física, os elementos de mais densidade possuem maior massa. Uma lua cheia, ou um sol brilhando incluído numa foto, mesmo que pequeno, dentro do enquadramento, pode ter grande massa visual, funcionando como elemento que atrai o olhar do espectador muito mais efetivamente que outro elemento na imagem, que porventura ocupe espaço maior.
No fim das contas, são as massas visuais relativas dos elementos numa fotografia que irão ditar onde e como cada coisa será posicionada, assim como o que entra e o que não entra na sua foto. Ou seja, um bom uso destas massas visuais é garantia de uma boa composição. Agora, vamos dar uma analisada em algumas formas geométricas e entender como cada uma atua nas nossas composições fotográficas.
As linhas, sem dúvidas, são as estruturas de composição mais utilizadas na fotografia, pois são formas bastante simples. Demais formas, inclusive, são formadas por um arranjo de linhas, como triângulos, quadrados, losangos etc.
Na maioria das vezes, linhas não aparecem sozinhas. Conjuntos de linhas sempre funcionam melhor, criam volume, através da relação entre uma e outra.
Linhas, numa fotografia, podem ser representadas de forma óbvia, bem como podem ser mais abstratas, como linhas implícitas criadas pela repetição de objetos.
As linhas podem desempenhar muito bem a função de guiar nosso olhar através de uma fotografia, principalmente quando elas surgem da base de uma imagem e apontam importantes elementos no fundo. Mais adiante, em próximas postagens, falarei mais a respeito do uso de linhas como elementos guias.
Basicamente, podemos usar linhas horizontais, verticais ou diagonais. Estas duas últimas, são em geral, mais interessantes, pois dão mais sentido de movimento para a imagem. Linhas horizontais, se mal utilizadas, podem funcionar com armadilhas para o olhar, interrompendo o dinamismo da fotografia.
As diagonais, são as minhas preferidas. Elas tem o poder de conduzir nosso olhar de forma muito interessante: não apenas no eixo direita-esquerda, mas também ao longo de toda a fotografia, de baixo acima.
Na próxima postagem, estudaremos mais elementos, como triângulos, zigue-zague e curvas. Não percam!
Até breve!